Cantinho das Mamães

Neste cantinho iremos divulgar matérias sobre cuidados, dicas e percepções que auxiliam as mamães nos períodos da gravidez e pós gravidez.




Por que participar de um grupo de gestantes?


A gravidez, por ser um momento repleto de mudanças - corporais  e
também da estrutura familiar - trás muitas dúvidas e inseguranças.
Estas são compartilhadas pela maioria das gestantes e famílias e devem
ser resolvidas para uma gravidez mais plena e tranquila. Um dos
recursos buscados são os sites e blogs da internet, que falam sobre as
mudanças e soluções de problemas na gravidez, entretanto nada como um
espaço de troca entre pessoas que estão vivenciando esta mesma fase da
vida.

Os grupos de gestantes são espaços de socialização de informações e
vivências sobre a gravidez e puerpério, possibilitando que a
experiência  seja vivida de forma mais tranquila, segura e saudável
pelas gestantes e familiares.

A gravidez é um evento de caráter individual, pois cada gestante a
vivencia de uma forma particular, mas que envolve o social, pois
mobiliza a atenção do meio na qual a gestante vive e se relaciona, se
estendendo assim a toda sociedade.

A vivência da gravidez nos grupos é bastante enriquecedora, pois as
trocas possibilitam maior aprendizagem e desenvolvimento pessoal. A
troca de experiências possibilita a mulher e familiares a
compreenderem melhor este período da vida, expressarem e elaborarem
sentimentos e medos, esclarecerem dúvidas e enfrentarem dificuldades,
preparando-se assim para a maternidade e paternidade.

Os grupos têm o objetivo de favorecer a consciência corporal da
gestante, propiciar técnicas de relaxamento e respiração, permitir a
expressão de vivências emocionais, promover a troca entre os
participantes, promover suporte informacional e tirar dúvidas, além de
compartilhar medos e inseguranças.

Dos grupos de gestantes normalmente surgem grandes amizades que são
levadas para as fases posteriores da vida dos participantes. Estas
gestantes e famílias, que em pouco tempo tornam-se pais, continuam
compartilhando suas experiências e dúvidas e permanecem uns nas vidas
dos outros por bastante tempo.

É importante que o grupo tenha uma coordenação sensível, que permita
todos os participantes a exporem seus pensamentos e angústias e que
estas sejam acolhidas. Ao expor suas vivências, os participantes podem
ficar sensibilizados e portanto é importante que o coordenador tenha
manejo do trabalho com grupos e assim possa dar continente e suporte
necessário.



Mas afinal, o que é uma doula?


Doula é uma palavra de origem grega que significa "mulher que serve".
Antigamente o parto era assistido somente por outras mulheres, mais
experientes e que já haviam passado pelo processo de nascimento dos
próprios filhos. Estas davam suporte para a parturiente e a acolhiam
durante todo o trabalho de parto.



No tempo das nossas bisavós e avós, quem ficava ao lado das mulheres
em trabalho de parto eram estas mulheres mais experientes e também as
parteiras.

Com o passar do tempo o parto começou a tomar outra configuração e a
ser tratado como assunto médico, acontecendo nos hospitais e
maternidades. Assim vários profissionais foram ocupando a cena, cada
vez mais especializados (enfermeiras, obstetras, pediatras) e foram
conduzindo o parto com diversas intervenções. A parturiente foi aos
poucos perdendo seu protagonismo e deixando seus instintos,
necessidades e sabedoria de lado e permitindo que esta equipe
conduzisse e "fizesse" o parto por ela.

A doula tem um papel fundamental nesta equação, pois cuida da mulher
durante o trabalho de parto, lembrando-a do seu lugar de destaque no
nascimento, EMPODERANDO-A.

Este trabalho começa desde o pré-parto, enquanto a gestante ainda está
grávida e muitas vezes cheia de dúvidas, medos e carregando consigo
não somente um bebê mas um milhão de mitos e crenças, como a de que
não é capaz de parir, que a dor é terrível e que a cesariana marcada é
a melhor opção. A doula, com muito cuidado e responsabilidade tem o
objetivo de responder às dúvidas desta mulher e família, e prepará-la
para a chegada  do bebê. São discutidos planos para o parto,
movimentos, posições, exercícios e tipos de respiração, que ajuda a
gestante e família a compreender o processo e aos poucos ir perdendo o
medo dele.

A presença da doula continua no processo da gravidez e tem seu ápice
no trabalho de parto. No hospital ou no parto domiciliar ela é mais um
membro da equipe que vem a acrescentar sua experiência e
disponibilidade para com esta mulher que está parindo.  A doula dá
suporte também ao acompanhante, mostrando como ele pode ajudar a
parturiente e oferecendo-lhe apoio. O acompanhamento é contínuo e
começa na casa da família e se prolonga até o nascimento do bebê,
independente dele ocorrer em casa, na maternidade, no hospital, na
clínica, ...

Após o nascimento há ainda todo um cuidado com esta nova família, e a
doula presta apoio nos primeiros dias da chegada do bebê e muitas
vezes o contato se prolonga por muito tempo. O vínculo formado
normalmente é tão forte que há doulas acompanham os primeiros
aniversários e continuam presentes na história da família durante
bastante tempo. No puerpério (pós-parto) as famílias consultam a doula
e continuam a tirar dúvidas sobre os cuidados necessários com a mãe
após o parto e também com o recém-nascido. Há um tipo de doula que se
especializa nesta etapa do processo que é chamada de doula de
pós-parto.

A doula é um membro da rede de apoio desta família e peça fundamental
durante todo o processo de parto e nascimento.

O acompanhamento funciona normalmente com consultas durante a gravidez
(que ocorrem normalmente após o oitavo mês de gravidez (36 semanas),
além de todo o acompanhamento durante o parto e suporte no pós parto.
No pós-parto são realizadas normalmente duas visitas, uma na
maternidade e outra uma semana após o nascimento, na casa da família.
No caso do meu trabalho, este tem início quando a gestante me
contrata. Tem dúvidas? Entre em contato (cm.horn@gmail.com).


Carolina
Psicóloga e Doula

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